A mim, o que mais doera, aqui dentro
foi não saber se seria certo ou errado.
Meu coração me dizia para perdoar,
e minha razão, me fazia por os pés no chão.
Lá vêm, mais um pobre coração em sangue,
pela curva de uma lágrima, morta e enterrada.
Tal qual punhal atravessando, nem o veneno mais forte
me fizera tão pequena, e tão perdida.
Ai, palavra, ai palavra, sua força entre nós
muda todo meu eixo, me leva para fora do meu eu.
Como perdoar o imperdoável?
Perdão podÃeis ter sido?
Eis uma mulher com medo do meu próprio eu.
Mas, arrancarei a tristeza, e darei espaço a compaixão
não por você, mas sim por mim,
não pela raiva, mas, pelas lembranças.
Seja como for, farei o certo depois do errado.
Peguei a pólvora da dor, que me dera,
transformei-a em uma doce melodia com aroma de vinho.