Mais uma vez me vejo sentada ao chão, olhando velhos papéis,
lembrando um dia mágico em que um coração, conheceu outro sem perceber que
seria impossÃvel bater como antes. O tempo passou, e comecei a compreender que
já sentia algo diferente, foi então que comecei a errar. Entregando o que até
então era só meu, meu amor, meu coração. Voce não teve dó, nem compaixão, foi logo atirando ao
primeiro leão, deixando-me sangrando e com o peito aberto cheio de dor.
Foi
então, que comecei a cuida das feridas, cicatrizes que o tempo pouco “fechou”.
Voce se foi, o meu amor me deixou, mais as lembranças você deixou. Vivo escondendo, mesmo com os olhos cheios de lágrimas,
escondo o que sobrou do coração, que um dia bateu, que um dia amou, a pessoa
que tanto o maltratou, mais que no fundo desejaria bater novamente pelo dono do
meu silêncio. Tentando esquecer, por segundos olhei para a janela, tive a
impressão de ti ver passar, tolice a minha, você nem mora aqui.
Tampouco virei,
mais também para quê? Hoje acordei tomada de sensações, lembranças e
frustrações. Acordei sentindo o coração pedindo ajuda e um pouco de amor.
Sentindo ele pesado, carregado de dor, percebo o quanto eu ajudei a maltratar
meu pobre coração. E mesmo que as lembranças me fazer pensar que você aqui
seria bem melhor, as próprias recordações me fazer crer que fora a solução. E,
que cada vez mais sinto saudade do tempo em que não lhe conhecia. Como se eu
erro agora fora justamente ás lembranças.
Pois me apeguei tanto a elas, porque
elas não mudaram, já você, sim.
E agora, o que me resta é jogar tudo fora, limpar essas
caixas, esquecer da autrora da minha vida, onde carregava no peito um amor com
pouca história, mais que levou de mim quase tudo que tinha de melhor e deixou o
meu pior. E assim eu posso passar minha vida toda escondendo meu coração. Por medo
de sofrer outra desilusão. Ou, me jogar na frente de outro leão, mais dessa vez
por na frente o “coração do outro” não mais o meu.